por Anabela Fino, tirado da sua intervenção intitulada: "O papel dos media na Nova Ordem Mundial", feita no encontro internacional CIVILIZAÇÃO OU BARBÁRIE.
Do ponto de vista económico, a Nova Ordem Mundial assenta na globalização do “livre mercado” e, como afirma Michel Chossudovsky (in A Globalização da Pobreza e a Nova Ordem Mundial) “é sustentada pela pobreza humana e a destruição do ambiente”, o que segundo o autor origina o “apartheid social, promove o racismo e os conflitos étnicos, mina os direitos das mulheres e, frequentemente, precipita os países para confrontos destrutivos entre nacionalidades”.
Os dados apontados por Chossudovsky são elucidativos:
(...) “Uma minoria social privilegiada tem vindo a acumular vastas fortunas à custa da grande maioria da população. O número de multimilionários nos EUA subiu de 13 em 1982 para 149 em 1996 e ultrapassou os 300 em 2000. O «Clube Global de Multimilionários» (com cerca de 450 sócios) é detentor de uma riqueza total que excede em muito a soma dos produtos internos brutos do grupo de países de baixo rendimento, com 59% da população mundial (...)”.
Se esta realidade, paradoxal numa sociedade que dispõe dos meios materiais, técnicos e humanos para que todos possam viver com dignidade, é alarmante, mais alarmante é ainda que o processo de acumulação da riqueza se desenvolva cada vez mais no âmbito das actividades especulativas e que tais riquezas sejam sistematicamente desviadas para contas confidenciais em paraísos fiscais. De acordo com o próprio Fundo Monetário Internacional (FMI), estima-se que “os bens offshore de empresas e de indivíduos atinjam os 5,5 mil biliões de dólares, um valor equivalente a 25% do rendimento total mundial”.
Leia a intervenção completa.
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