Efectivamente subsiste e agravou-se, hoje em dia, uma questão ética fundamental envolvida na escolha de uma data limite dos produtos, que vai muito para além do simples facto de omitir ou facultar a informação dessa característica aos consumidores. Ela prende-se com as bem mais profundas responsabilidades sociais e ambientais de criar produtos que tenham vidas curtas e por essa via aumentar a exaustão do planeta, e dificultar a qualidade de vida das populações de menor poder de compra.
Hoje, quando proteger o ambiente é um objectivo tão prioritário, a questão da durabilidade dos produtos é uma questão crítica. Claramente a proporção em que as sociedades modernas substituem os equipamentos, automóveis, produtos brancos e outros de grande rotação, tem um custo brutal em termos de recursos e também em termos de desperdícios e poluição. Os nossos sistemas económicos parecem apostar mais nas vantagens do consumismo imediato do que na consciencialização e na defesa das consequências que ele implica.
Silvia Oliveira / Carlos Aguiar
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