terça-feira, agosto 31, 2004

Questão encerrada por decreto

Paulo Portas considera encerrada a controvérsia "Women on Waves"; é melhor o Público (que na versão on-line tem esta notícia em destaque) e os restante Media nacionais fecharem o bico, porque se não ainda levam com uma fragata em cima...

O homem caiu na esparrela, e deu imenso eco a uma acção de propaganda que tinha por objectivo levantar ondas: aproveitaram-se da instransigência da direita Portuguesa para pôr toda a Europa a falar nas práticas mediavais Portuguesas que interditam a IVG (interrupção voluntária da Gravidez).

Se eu fosse um dos do Barco, em vez de ficar no mar alto a ver fragatas, atracava na foz do rio Minho, do lado Espanhol. Sempre queria ver o nosso Ministro do Mar a tentar impedir as moças que estão condenadas a abortar clandestinamente a embarcar nos carochos (embarcação tradicional do rio Minho que antes era profusamente utilizado no contrabando) para ter assistência médica gratuita no barco maldito.

Pena foi que Sampaio não tenha feito uma IVG quando teve oportunidade para isso.... estou a falar da interrupção voluntária do governo (ideia respigada da crónica de Alberto Matos).

É caso para reciclar este cartaz:



É verdade, já me esquecia:

CONCENTRAÇÃO DE PROTESTO CONTRA A DECISÃO DO GOVERNO DE IMPEDIR A ENTRADA EM ÁGUAS PORTUGUESAS DO NAVIO DAS WOMEN ON WAVES: 4ª FEIRA, DIA 1, 18H, FRENTE À RESIDÊNCIA OFICIAL DO PRIMEIRO-MINISTRO

O melhor era mesmo fazer uma RAVE ou uma festarola à maneira, com bifanas, cerveja e sandochas de córatos pra uns e pic nic vegetariano para outros; é que ainda estamos no Verão, e a acção política generosa é só lá mais para o Outono (já sei que há o convívio e mais não sei quê; mas conviver sem uma cerveja na mão e uma sandes de coratos na outra torna-se enfadonho). Só não percebo porque é que nestas coisas ninguém me dá ouvidos... e depois é o que se vê: manifs com meia dúzia de activistas e uma dúzia de jornalistas. Eu é mais festas-protesto, almoços-protesto, pic nics-protesto, bailaricos-protesto e outros protestos do género. Para a próxima proponho uma concentração de protesto pelo menos com um DJ e 10 000 wats de som.

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