Escolas destruídas ou saqueadas
Os autores afirmam que 151 bilhões (os 126 gastos e os 25 previstos) poderiam diminuir para metade a fome no mundo, fornecer água tratada e remédios para tratamento da AIDS no mundo subdesenvolvido por dois anos. Nos EUA, dizem os autores, o dinheiro poderia pagar salários para três milhões de professores primários, ou dar cobertura de saúde para 82 milhões de crianças ou ainda para 27 milhões de adultos.
O documento cita ainda como impacto económico da guerra, o aumento do preço do barril de petróleo. O estudo afirma que, no caso de manter-se o preço do petróleo em torno dos 40 dólares o barril, o produto interno bruto dos EUA cairia em 50 bilhões anuais.
Já no Iraque, os custos económicos da guerra são bem mais dramáticos. O desemprego, que era de 30% antes da invasão, chegou a 60% na metade do ano passado. Segundo o estudo, apenas 1% da mão de obra iraquiana está envolvida nos projetos de reconstrução. Outro impacto directo na economia do Iraque derivado da guerra é a queda da produção do petróleo. De uma média 2,04 milhões de barris diários em 2002, a produção despencou para cerca de 1,33 milhões de barris em 2003.
Mas nem todos os custos são imediatos e dizem respeito ao petróleo. O sistema educacional iraquiano, dizem os autores, sofre com o baixo comparecimento dos alunos, que temem a falta de segurança. Além disso, segundo dados da Unicef citados no documento, cerca de 200 escolas teriam sido destruídas no conflito. E muitas acabaram saqueadas depois do início dos conflitos.
O documento afirma ainda que a insegurança chegou a níveis assustadores. O registro de mortes violentas passou de uma média de 14 por mês em 2002 para 357 por mês em 2003.
No campo geopolítico, os autores afirmam que a decisão de ir à guerra sem o aval da ONU, além de enfraquecer o organismo, abre um “perigoso precedente” para que outros países sigam o exemplo, declarando “guerra preventiva” a algum inimigo. Estados pouco comprometidos com os direitos humanos também herdam a licença de tratar seus presos e inimigos como os presos de Abu Ghraib, afirma o documento.
Leia documento na íntegra (PDF) ou um resumo aqui.
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