terça-feira, agosto 24, 2004

Balanços do inferno I

Estudo analisa os custos do conflito no Iraque: em 15 meses, 10468 pessoas morreram e mais de 40 mil foram feridas


Wilson Sobrinho (Outras palavras)

Quanto custou a aventura militar dos EUA no Iraque? Quantas pessoas morreram para que Saddam Hussein fosse deposto e preso? Qual a diferença entre o Iraque de hoje e o de antes de março de 2003? Quantas escolas foram bombardeadas no país que, segundo Washington, se encaminha – ainda que com alguns percalços – para uma democracia ao melhor estilo ocidental? O que é que os últimos 17 meses significaram para a geopolítica mundial?
Um relatório dos centros de estudos norte-americanos Foreign Policy In Focus e Institute for Policy Studies tenta responder de modo claro e direto a estas perguntas e muitas outras. Baseando-se num caleidoscópio de artigos, análises e reportagens sobre o conflito que, no último ano e meio, monopolizou as atenções do planeta -- ainda que sob protestos generalizados da maior parte dos seus habitantes – o documento foi publicado pouco antes do fim de junho, com pouca publicidade dos Media.

“Estamos pagando um preço muito alto por essa guerra e temos menos segurança nos EUA e no resto do mundo”, avaliam os autores logo na introdução. “A desestabilização do Iraque desde a invasão pelos EUA criou um porto para os terroristas que não existia anteriormente no país, enquanto que o sentimento antiamericano cresceu em larga escala pelo mundo”. O documento de 54 páginas chamado "Os Crescentes Custos da Guerra do Iraque" abarca um período de quase 15 meses que vai de 19 de março de 2003 a 16 de junho de 2004 e é dividido em três partes: custos para os EUA, para o Iraque e para o Mundo. (continua)

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