O problema do bifidus activo, que o Miguel Góis teve a coragem de abordar no post anterior, é apenas mais uma discussão que está por fazer na sociedade portuguesa. Confesso desde já que, na temática dos lacticínios, não sou especialista. Há-os em Portugal, e bons, mesmo sem contar com Nuno Rogeiro, que é especialista em todas as temáticas. Há vasta bibliografia sobre o tema e Eduardo Prado Coelho certamente que a conhece e já resenhou as principais obras. Mas, munido apenas da lógica, deixo aqui um contributo para o debate: a designação “bifidus activo” pressupõe a existência de um bifidus passivo. Esta é que é a questão central, e tem sido escamoteada porque levanta problemas embaraçosos e toca num tema tabu: será que o bifidus activo e o bifidus passivo estão juntos no iogurte? E, se sim, será que fazem coisas lá dentro? Por outro lado, devem eles poder casar e adoptar Danoninhos? (OK, esta última questão já é parva, mas as outras são pertinentes e gostava de as ver esclarecidas.) No fundo, a interrogação que paira sobre a cabeça de todos é esta: o que albergamos nos nossos frigoríficos é uma inocente embalagem de leite coalhado ou um despudorado quarto escuro lácteo para micro-organismos larilas? Fica a dúvida. RAP
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