segunda-feira, junho 21, 2004

Santana perde confiança dos LGBT

SANTANA PERDE DEFINITIVAMENTE OS VOTOS DA COMUNIDADE GAY

Santana Lopes ao declarar que não deseja ver a Marcha do Orgulho desfilar na Avenida da Liberdade, em Lisboa, soltou definitivamente os
seus preconceitos homofóbicos, e desmente as suas promessas eleitoralistas em que afirmava "ver com naturalidade" estas temáticas. Isto é grave!

De facto, desde que tomou conta da Câmara Municipal de Lisboa temos vindo a assistir a uma restrição sistemática, em força, da visibilidade Gay de várias formas conjugadas, e com pretextos diferentes, mas que visam sempre diminuir a expressão de toda a Cidadania com diversidade, na cidade de Lisboa, de forma geral, e da cidadania Gay, em particular.
Assistimos à expulsão do Arraial do Orgulho Gay, que se realiza no mesmo dia, para as matas de Monsanto, à redução drástica dos apoios ao Festival de Cinema Gay e Lésbico de Lisboa , ao terminus da divulgação da existência das associações Gays, no Boletim de turismo da ATL, Follow Me, à tentativa de ultrapassar a Marcha do Orgulho com a Electro Parade (que foi um fracasso, e um despesismo..) no mesmo dia da Marcha, no ano passado e, agora, faltava a oposição ao desfile cívico que anualmente realizamos em Lisboa, como expressão da nossa visibilidade pública, e política, um direito de que não prescindimos .
Em todas as cidades de países livres e civilizados estas marchas e estes eventos tem realização nas praças ou avenidas principais das suas capitais, todas com forte representação dos políticos locais ou nacionais, Paris, Berlim, Amesterdão, Londres, Roma, Madrid, etc.
Na base do pensamento desta Administração da CML está infelizmente uma ideologia neo-conservadora, cultural e moral, pretendendo restaurar valores antigos, profetas nostálgicos do passado, que tentam terminar com o sentido laico da vida pública, a descriminação positiva a favor dos excluídos.

Por tudo isto a Opus Gay organização Gay independente, desde o início, promotora da Marcha e responsável perante a Comunidade Gay Lisboeta e Portuguesa, denuncia esta atitude provocatória do Presidente da Câmara de Lisboa que assim perde definitivamente o voto Gay, em quaisquer eleições em que se apresente, a menos que mude radicalmente de atitude.
A Marcha do Orgulho é de Lisboa, é dos país, é dos Gays e Lésbicas, e é de todos os Cidadãos independentemente, da orientação sexual, e cor politica, ou religiosa, é de todos os que se revêem nas Liberdades Constitucionais, e na Europa cujo novo lema é "União na Diversidade".

A Direcção da Opus Gay
António Serzedelo

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