terça-feira, junho 01, 2004

Europeias e agenda Gay

Das declarações e contribuições feitas até ao momento a Opus Gay RECOMENDA AOS ELEITORES LGBTS, AOS SEUS AMIGOS E FAMILIARES, QUE NESTAS ELEIÇÕES EUROPEIAS NÃO SE ABSTENHAM, E QUE NÃO VOTEM À DIREITA.

De facto, quando analisados os manifestos/programas destas campanhas, nenhuma referência existe à nosssa agenda à direita e tendo sido os candidatos convidados a responder a um inquérito sobre esta mesma agenda, nenhuma resposta obtivemos da coligação PSD/PP; tendo convidado atempadamente todas as forças políticas para este debate, ninguém se fez representar desta coligação. Este silêncio, que pretendem talvez fazer passar por tolerância, é de facto preconceito e homofobia, aliás totalmente incompatíveis com o clima que se respira no Parlamento Europeu.

Em todas as forças de esquerda reconhecemos esforços de aproximação à nossa agenda.

Ana Gomes salientou o episódio da sua vida que mais a alertou para estas questões: a morte do diplomata seu amigo Sérgio Manuel Pinto Moutinho, há 16 anos. De acordo com Ana Gomes o Estado português negligenciou as suas responsabilidades na investigação do assassinato deste diplomata ao ter tomado por boas as justificações de crime passional homossexual que a Turquia quis dar a este assassinato político. De facto, Ana Gomes está convencida que, por ser homossexual assumido, Sérgio Moutinho não foi devidamente defendido na sua morte pelo Estado português; nomeadamente, o Estado português não exigiu autópsia e nada investigou.

Lídia Ferreira, do Bloco de Esquerda, salientou que o Bloco defenderá na Europa o que tem defendido em Portugal: a diversidade de famílias e os direitos de adopção e de procriacção medicamente assistida.

Isabel de Castro salientou o papel da Federação Europeia dos Verdes na introdução e desenvolvimento da agenda lgbt na Europa, já de há muitos anos para cá.

De todas as respostas recebidas nos inquéritos a Opus Gay salienta o sim de Paulo Casaca (PS - Açores) e de Ana Gomes ao casamento e aos direitos de parentalidade homossexuais, nomeadamente na adopção e na procriacção medicamente assistida. Salientamos igualmente o sim de todos os candidatos do Bloco a estas questões. (análise mais detalhada dos inquéritos segue anexa). Também Heloísa Apolónia dos Verdes apoia o casamento homossexual.

A Opus Gay considera importante dar uma indicação de voto numas eleições para um órgão que por tradição escuta as ONGs e promove os direitos humanos. NÃO SE ABSTENHA. VOTE À ESQUERDA.

P'la Direcção da Opus Gay
António Serzedelo

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