Washington montou uma rede internacional de prisões onde se eliminam as garantias dos detidos e se pratica com frequência a tortura. Outras Palavras
Tiago Soares (traduzido por PP)
Cortina de fumo
“Os governos devem encontrar meios de atingir o terrorismo sem que sejam postas em risco obrigações fundamentais, incluindo o dever de que as pessoas não sejam expostas à tortura”, declarou a diretora executiva da entidade, Rachel Denber, em comunicado sobre o assunto emitido pela Human Rights Watch em Abril deste ano (Human Rights Watch - Terrorism Suspects Sent Back to Countries That Torture).
Este recado parece não ter sido levado muito a sério por Donald Rumsfeld, secretário de Defesa dos EUA. O assessor de Bush foi duramente criticado após a vinda a público, na última semana, de um pedido seu para que um prisioneiro suspeito de ligações com o terrorismo fosse encarcerado no Iraque sem o devido registro – o que impossibilitaria qualquer monitorização por parte de entidades de defesa de direitos humanos.
A cortina de fumo pretendida pelos falcões de Washington chegou mesmo a ser estendida ao Senado dos EUA. Segundo noticiou a Associated Press (Seattle Post/AP - Democrats Seek Interrogation Documents), republicanos defensores da “guerra ao terror” começaram na semana passada a legislar para que seja impedida a investigação de memorandos dos serviço secretos Americanos referentes à pratica de tortura contra suspeitos de terrorismo. “A tentativa de esconder tais documentos é um sinal flagrante de encobrimento dos factos”, declarou o senador Patrick Deahy, do Partido Democrata.
Enquanto isso, os oficiais norte americanos seguem no vale-tudo da guerra ao terrorismo, atropelando Direitos humanos, Tribunais e Convenção de Genebra. “O mundo é um lugar terrível”, declarou um falcão à reportagem do The Observer. Se depender deles, não parece que a coisa vá melhorar muito.
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