Desde os tempos de escola que estamos habituados a competir com a inteligência
esquecendo que o saber é diferente do saber pensar. Estamos diante de um problema cultural por exemplo uma coisa é saber os provérbios populares outra é saber aplicá-los. Mesmo no meio desta sabedoria popular há quem a saiba usar e quem não saiba e nem sequer sabe disso. Não sabe, porque na escola ou na família nunca foi ensinado a isso mas sim ensinado a um saber enciclopédico, de consumo. No entanto, outros há que por iniciativa própria ou pela família desenvolveram a cultura do saber pensar, por motivos vários, podendo-se falar aqui sim de cultura assente na sabedoria e não do saber.
Em termos económicos, este espírito crítico pode ser perigoso(para os agentes de
consumo) no sentido das pessoas aprederem a saber o que é melhor para elas do que para quem vende as receitas, que só lucra com o consumismo desenfreado. No entanto, como vivemos num período de crise e um dos factores é o fraco consumo das famílias, este é um período óptimo para se aprender a saber o que consumir e porquê. Crise em japonês significa oportunidade no bom e no mau sentido. Assim, os inteligentes dirão, saber não chega mas os intelejumentos replicam, saber chega. Bom, como os jumentos estão em extinção pode ser que com uma educação baseada no saber pensar eles acabem mesmo.
Pedro Pereira
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