Que la pluma sea también una espada y que su filo corte el oscuro muro por el que habrá de colarse el mañana [Subcomandante Marcos]
quinta-feira, março 25, 2004
Sinais dos tempos
Hoje, em que a luta ao terrorismo passa por todas as bocas e todas as mentes, esquecemo-nos de outras lutas, esquecemo-nos de flagelos 1000 vezes, 10 000 vezes, 1 milhão de vezes mais devastadores que o terrorismo. As notícias da fome (1 milhão de crianças morre todos os anos de fome) e da pobreza (em Portugal, 30% da população vive com menos de 60 contos mensais) passam para segundo plano. Contra o terrorismo, pode-se fazer alguma coisa, mas a sua erradicação passará sempre mais pela prevenção do que pela corrida à defesa e ao militarismo, já que os caminhos que levam à morte e destruição são inúmeros e imprevisíveis. Contra a fome e a pobreza, muito se pode fazer e concretizar, mas claramente esta não é uma prioridade do Mundo. O planeta está refém de um punhado de terroristas e esquece mais de metade da sua população. Claro que na cartilha ultra-liberal, o facto de 20% da população mundial usufruir de 80% dos recursos do planeta é uma lei sacro-santa, a lei dos 20-80, e por isso, inevitável. Voltaremos a esta lei pseudo-científica, que tem em iguais partes estupidez e obscurantismo. Tudo para que aceitemos a pobreza com a mansidão dos cordeiros condenados ao sacrifício...
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