Tiago Soares - Publicado em Porto Alegre 2003: 04/02/2004
Estudo revela contribuição nada honrosa da ExxonMobil para o aquecimento global: desde sua fundação, a empresa é responsável por 5% do gás carbônico e do metano emitidos no planeta.
Esso, Mobil, Imperial Oil, Tonen General, Exxon, ExxonMobil. Muitas marcas, uma mesma companhia -- que, talvez inspirada por seus vários nomes, é responsável pelo estrago equivalente ao de muitas, no meio ambiente. Seja no desleixo com o qual tratou, no Alasca, do derrame do petroleiro Exxon Valdez, seja pela "cara de pau" com que tenta convencer o mundo da “inutilidade” do Protocolo de Kyoto, a ExxonMobil nunca pareceu ser o tipo de empresa preocupada em ganhar a simpatia dos amantes da natureza.
Muitos poderiam achar pouco inspiradora a postura da ExxonMobil – trata-se, afinal, de uma companhia que nunca hesitou em colocar a alegria de seus investidores à frente do bom senso geral. A multinacional é responsável por manobras de bloqueio ao controle do uso de combustíveis fósseis, e divulga sem qualquer falta de jeito estudos “científicos” que tentam provar uma tese incomum, segundo a qual o fenómeno do aquecimento global -- e suas conseqüências -- seria um mito da era moderna.
Para a Friends of the Earth International (Amigos da Terra, ou FoEI, pela sigla em inglês), as atitudes do conglomerado petrolífero serviram como uma espécie de centelha criativa. Sensibilizada pelo divórcio da companhia nas questões relativas aos (preocupantes) resultados do aquecimento global sobre ecossistemas e sociedades, a FoEI lançou um estudo onde analisa a contribuição da ExxonMobil para o fenómeno ao longo do último século. O resultado não chega a ser elogioso. Desde sua fundação, a empresa é, sozinha, responsável por 5% do dióxido de carbono e do metano emitidos no planeta.
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