Ecos do FSM
Arundhati Roy destacou-se por fazer uma proposta concreta. O Fórum Social Mundial, sugeriu ela, deveria identificar duas empresas multinacionais muito envolvidas com a guerra imperial de Bush, com o ataque aos direitos humanos ou com a destruição da natureza – e desencadear contra elas um boicote internacional.
A proposta mobilizaria as energias intelectuais do FSM (já que exigiria esforço para identificar e escolher as empresas). Além disso, permitiria combinar a diversidade, uma das marcas principais dos Fóruns, com a acção comum. Para participar, nenhuma organização ligada ao planeta Porto Alegre seria obrigada a abdicar dos seus objetivos, métodos ou estratégias. Haveria grandes hipóteses de sucesso. Um boicote internacional concentrado em duas empresas apenas provocaria danos reais: quedas nos lucros e na cotação das ações, fuga de investidores. Um primeiro êxito poderia, mais tarde, estimular outro tipo de iniciativas conjuntas.
"Para preservar sua diversidade, o Fórum Social Mundial não pode retroceder, [voltando] à prática das declarações finais, que eliminam a diversidade. E foi muito bom tê-lo realizado, até agora, exatamente da maneira como o fizemos"
"[Mas] é preciso mudar, conforme os tempos mudam. Ninguém pode ficar estagnado. O Fórum precisa fugir desse grande risco: o de absorver as nossas melhores energias, mobilizar as mentes mais generosas apenas para que, no fim de quatro dias, comecemos a pensar no próximo encontro. Nesse caso, não incomodaria nossos inimigos. Continuaria a ser a nossa música, mas nunca chegaria a ser a nossa luta".
"Bush está a oferecer-nos uma oportunidade fantástica [para agirmos em conjunto]. Pensamos de maneiras tão distintas, temos pontos de vista e ideologias tão variadas – e no entanto, por que não podemos unir-nos em torno de uma acção comum"?
Resumido daqui
Estou de acordo a 100% com Arundhati Roy.
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