Antonio Martins, do Porto Alegre.Net
"O Fórum Social Mundial precisava pisar o chão de terra batida, respirar esta poeira, sentir o cheiro do povo", diz o cubano José Miguel Hernandez, que representa a campanha pan-americana contra a ALCA (...).
Ainda que muito relevantes (aqui se avançou, por exemplo, na convocação do dia internacional de protestos contra a guerra em 20 de março, aniversário da invasão do Iraque), os blocos que expressam reivindicações políticas explícitas são minoritários. Muito mais numerosos são os que querem mostrar ao Fórum Social Mundial – e talvez a si mesmos, acima de tudo – que têm identidade, beleza, cultura, expressão. Eles emergiram da pobreza abissal para dizer que existem.
Vêm com todas as danças do mundo; com gestos desconcertantes; com sons exóticos (o mais marcante dos quais é o de uma corneta aguda, tocada em silvos longos); com tons de pele que vão (no caso dos indianos e paquistaneses) do quase branco ao quase negro, mas conservam sempre o brilho azeitonado; com roupas de cores e cortes infinitos.
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