A Opus Gay esteve presente na abertura do 10º Congresso da CGTP, 30 anos depois de Abril, tendo sido a primeira vez que uma federação sindical convida os movimentos lgbt para um Congresso.
A Opus Gay saúda a CGTP por incluir no seu programa de acção o reconhecimento da discriminação de que são alvo as pessoas com orientação sexual homossexual (3.7.1.), a necessidade de combater a homofobia (7.1.6.), o respeito pela protecção de dados pessoais sensíveis, como os respeitantes à orientação sexual (3.5.4), e o reconhecimento do movimento lgbt como enriquecedor da diversidade social (ponto 8.4.1.).
No entanto, na proposta de Estatutos, no ponto relativos ao Princípios (II), nomeadamente o ponto "Unidade", refere uma série de discriminações e não refere a discriminação com base na orientação sexual, o que nos parece de corrigir no futuro. Também o ponto III, "A natureza de classe da CGTP-In", refere múltiplos tipos de desigualdades e discriminações e não refere a homofobia, o que nos parece também de corrigir.
A Opus Gay solidariza-se com a preocupação exposta por Carvalho da Silva no seu importante discurso de abertura, ao denunciar o forte ataque de que os direitos dos trabalhadores estão a ser alvo, e concorda também a importância de estar atento ao processo de discussão pública da
Regulamentação do novo Código de Trabalho. Este discurso de Carvalho da Silva não foi meramente crítico e soube apresentar as linhas principais para um rumo de desenvolvimento novo para o país, que se faça com os trabalhadores e não contra eles, com os movimentos sociais e sindicais mobilizados pela positiva.
A Opus Gay tomou boa nota da escolha do grande poeta e lutador José Carlos Ary dos Santos, reconhecidamente de orientação homossexual, na emotiva apresentação multimédia que deu início ao Congresso.
A Direcção da Opus Gay
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