sábado, janeiro 31, 2004

A crítica televisiva

Extrato do tal artigo de Marcos Pombal "Um programa para ver de costas" (quando deito as unhas a um Inimigo Publico, é quem mais gosto de ler):

A quadratura do círculo consiste em demonstrar que José Magalhães, Pacheco Pereira e Lobo Xavier exprimem o arco das opiniões políticas Portuguesas. Ninguém acredita nessa pratanha. Para além de outras minudências, não se pode fugir a um facto: faltam ali os comunas. Debates sem amigos de Estaline, próceres de Lenine, seguidores de Trotsky ou amas-secas de Mao não é debate a sério. Para cada opinião engravatada e demo-liberal devia existir um contraditor de charro e pistola de assalto a bramir um exemplar coçado de "Materialismo e Empiro-Criticismo". Em russo.

Além do mais, este programa de telvisão nada tem de televisivo. Desde logo, porque preenche 50 minutos sem uma única gaja boa, partida que a SIC notícias raramente nos prega. Depois, porque os rapazes não são lá muito bonitos: Pacheco Pereira é um saco de batatas que leu Max Weber; José Magalhães um Coktail Molotov esgazeado; Lobo Xavier um biquinho de beto com penteado de queque. E Carlos Andrade parece, na melhor das hipóteses, um urso bondoso a comer Corn Flakes.

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