sábado, dezembro 27, 2003

A pobreza na Europa II

Fiquei a dever uma resposta ao Carapau e à Causa Liberal relativa a este post (isto no Natal é mais bolos); o que quiz realçar no relatório foi a sua importância para além do índice relativo de pobreza. Mas se quiserem, também estou de acordo que o índice é insuficiente, já que mede apenas a desigualdade e não a pobreza absoluta. Mas curiosamente nem um nem outro comentam o resto do post....

É que no caso de Portugal, o limiar de pobreza obtido deve ficar muito aquém da realidade, já que classifica como pobres as famílias que vivem com menos de 50 contos por mês... Pelo que no nosso caso o índice peca por defeito, e devem ser bem mais de 20% os pobres em Portugal. Mas lá que deveria haver um outro índice, que medisse a pobreza absoluta, não podia eu estar mais de acordo com os caríssimos colegas....

Claro que o ideal é que haja pouca desigualdade (custa-me engolir que os executivos americanos ganhem 400 vezes mais que os seus empregados; este número desce para 11 no caso dos países nórdicos, o que apesar de me continuar a fazer comichões, já acho mais razoável) e que o poder de compra médio seja suficiente para que as populações tenham qualidade de vida (o que definitivamente não é o que acontece em Portugal). É exactamente o que acontece nos países nórdicos, que por coincidência, são os países com maior qualidade de vida do mundo....

PS - Caro Libertário, mesmo que aqui há uns tempos não fizesse ideia do que é que é o PPC (antes quase que o poderia confundir com o Partido Comunista Chinês), a malta informa-se e apreende facilmente o conceito. Que falta de confiança nos alternativos....

Sem comentários: