A perspectiva que temos da crise

Ontem o desemprego voltou a dar indicações de não querer parar de aumentar. Somos neste momento 338000 alminhas (números oficiais do INE: mais 1,2 % que no ano passado) a estar fora do mercado laboral. E para juntar à festa, Bagão félix, esse arauto da esperança e da justiça social, anunciou que as regras para aceder ao subsídio se irão complicar. Se não fosse o meu optimismo congénito teria razões para começar a ficar preocupado.

Por oposição à fria realidade dos números, continuamos (há quase 6 meses) a ser bombardeados com notícias do fim da crise (e da hipergalopante retoma económica). Daqui a pouco ainda anunciam que o fim da crise virá montada num cavalo branco, num dia de nevoeiro, lá para os lados de Alcácer Quibir....

PS - se calhar a coisa é mais uma questão de perspectiva, como tão bem ilustra o cartoon de Clay Bennet (feito a propósito do EUA, outro país que ainda hoje o DN disse que está a sair da crise...)