domingo, novembro 23, 2003

Ainda a Viola caipira..

A história da viola sempre acompanhou a do homem do campo. No passado, o violeiro procurava, de forma espontânea, afinar as cordas do instrumento "para que o som ficasse bom para acompanhar a voz e também não precisasse fazer muita ginástica com os dedos, já que ele tinha a mão dura por causa do trabalho pesado", explica Ivan Vilela. Assim foram surgindo várias afinações – hoje são mais de 20 no país. Uma das mais difundidas em São Paulo e no sul de Minas Gerais, a cebolão, já era usada em Portugal, e tem esse nome porque "dizem que as mulheres, quando ouviam os violeiros tocando nessa afinação, choravam como se cortassem cebola", conta Vilela.



A afinação rio abaixo, usada pelo violeiro paulista Paulo Freire – e dizem também que pelo diabo –, é típica da região do vale do Urucuia (norte de Minas Gerais), onde Freire aprendeu a tocar o instrumento.

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