Sobre as diferenças de concepção do FSP
Ao longo do processo de construção do FSP 2003 temos visto confrontarem-se duas concepções de construção do mesmo:
- os que vêem o FSP como um espaço para vencer isolamentos, para estabelecimento de cumplicidades práticas, de aprendizagem, de afirmação da iniciativa cidadã na sociedade, de autonomia;
- os que o vêem como um terreno de recrutamento e de passagem de mensagens, de reforço da sua intervenção na arena política.
A primeira é uma visão não estruturada, não hierarquizada, embrionária, dando os primeiros passos, tacteando o caminho na construção de solidariedades, parcelar, fragmentada, que procura forjar novos instrumentos de articulação da sua intervenção.
A segunda é uma visão estruturada e hierarquizada em torno de uma concepção de poder centralizadora, não havendo dentro desta visão grandes diferenças práticas reais entre os que reivindicam para o FSP o papel de “novo protagonista social” e os que o querem para “ampliar a base social da luta contra a direita”.
A primeira aposta na diversidade e igualdade de agendas, na horizontalidade da participação – tod@s são importantes.
A segunda aposta na subordinação temática do FSP à sua agenda, indexada ao calendário político imediato.
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(a continuar)
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