Fracasso na cimeira da OMC em Cancun
A cimeira da OMC fracassou devido à posição de força assumida pelos países mais pobres. Apesar dos esforços dos EUA e da UE para separar os países do G21 (grupo de países encabeçados pela Índia, China e Brasil), estes preferiram um fracasso a um mau acordo.
A sensação deixada em Cancun para os EUA e a UE é a de um adiamento, que pode demorar-se no máximo até 31 de Dezembro de 2004, data limite para acordar definitivamente os princípios estabelecidos na Cimeira de Doha de 2001.
Para os países mais pobres, principalmente para o G21 integrado pelos países Africanos e encabeçados pela Ìndia, China e Brasil, a nova postura baseia-se na premissa de que “é melhor um fracasso que um mau acordo”.
Entre as ONG presentes em Cancun, houve avaliações de todo o tipo, ainda que a maioria tivesse alinhado com os G21. A presidente da ONG Intermon Oxfam, Mary Robinson, assegurou que a União Europeia e os Estados Unidos recorrem à técnica de dividir os países pobres nas negociações da OMC para evitar a liberalização do mercado agrícola. “Os países ricos estão ainda muito longe dos compromissos assumidos em Doha, onde o desenvolvimento (dos países pobres) deveria estar no centro das negociações. Culpar os países em desenvolvimento de ser mais enérgicos nas suas exigências não nos leva a lado nenhum”, afirmou Robinson.
A reunião fracassou dado não haver consenso relativamente aos temas de Singapura: Investimento, Competição, Transparência nas compras governamentais e facilitação do comércio. Os países do G21, nomeadamente os Africanos, temem que este novo regime de investimentos beneficie as grandes empresas multinacionais, em detrimento das suas próprias Industrias.
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Traduzido por PP
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