quinta-feira, junho 26, 2003

A reforma da coisa pública

Para uma análise profunda, vão aqui ao blogue do camarada canhoto ou ainda aos socio-camaradas que esgatanham a coisa toda de cima a baixo; mas superficialmente, o que é que motiva o nosso primeiro a reformar de alto a baixo o funcionalismo público Português? será acabar com a impunidade de muitos malandros? transformar a coisa pública em Portugal SA? gostar de ver os meninos mais bonitos do funcionalismo no livro de honra? plantar um novo laranjal (a propósito, convém adquirir rapidamente o cartão laranja)? colmatar o défice de democracia participativa e deixar alunos e utentes avaliar os serviços públicos? arranjar-me um emprego (era fixe....ná, não me parece)?
Em amistosa cavaqueira em redor dum gélido gaspacho, uma amiga minha deu-me uma pista preciosa; a mãe do camarada Durão é uma das tais com emprego para a vida, numa Escola de Moura, neste nosso Portugal profundo; pela descrição do animal, a mulher era mesmo bera, tipo professora do Calvin (miss wormwood das tiras de BD no fim do público, não perfume caríssimo que enche os bolsos a esse grandessíssimo ultra-liberal xenófobo), má comás cobras, com a sensibilidade de uma pedra do asfalto para lidar com as criancinhas. Até agora ninguém se queixou dela, porque aqui há uns anos diziam que era mãe de um peixe graúdo (qualquer coisa que acaba em ...erne).
E agora aqui vem a explicação (depois das mimeses dos Telectu, os meus neurónios já estão muito à frente): se a revolução do Durão vingar, a sua progenitora será uma das primeiras vítimas (dado o seu desempenho mais do que medíocre), e finalmente, todas as sevícias que o petiz sofreu às mãos daquela educadora pouco doada serão vingadas. Desde pequenino que ele queria ser 1º ministro para poder quilhar a mãe. Tanto trabalho, tanto trabalho, mas valeu a pena.
O que acho mal, é que para além de ter dado cabo da vida a gerações sucessivas de Mourenses, a Ogreza também nos deixou para ministro aquela linda prenda. Estragou a vida do petiz, e de ricochete, estraga-nos a vida a todos nós. ´tá mal.

PP

PS - Estou mesmo a ver quem é que vai ser a vítima da revolução do Durão; é que revolução como à dos cravos, sem danos colaterais, ele há poucas. A sorte é que já estou desempregado. Fosga-se, ganda sorte que eu tenho!!!

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