A OPUS GAY NO BALANÇO PROVISÓRIO DO FSP
“(...) não há um princípio único de transformação social (...). Não há agentes históricos únicos nem uma forma única de dominação. São múltiplas as faces da dominação e da opressão (...). Sendo múltiplas as faces da dominação, são múltiplas as resistências e os agentes que as protagonizam.
Na ausência de um princípio único, não é possível reunir todas as resistências e agências sob a alçada de uma grande teoria comum. Mais do que de uma teoria comum, do que necessitamos é de uma teoria da tradução que torne as diferentes lutas mutuamente inteligíveis e permita aos actores colectivos “conversarem” sobre as opressões a que resistem e as aspirações
que os animam.”, Boaventura de Sousa Santos, “A crítica da razão indolente...”, p. 26.
Para a Opus Gay o FSP foi e será, sem sombra de dúvidas, um dos espaços possíveis desta tentativa de tradução/acção, ou como disseram, um espaço onde “Quisemos perder a pureza da agenda de cada um em busca da nossa própria reinvenção”. Sem anti-partidarismos. Sem anti-movimentismos. Enriquecendo a democracia representativa com a força e imaginação da nossa participação, a participação e autonomia dos movimentos sociais!
EnREDEmo-nos pois, com entusiasmo, nesta reinvenção de um outro mundo!
Continuemos a animar o Forum com várias discussoes, levando a cabo colóquios, reuniões, conferências, encontros, etc, a nível descentralizado, e que se comece a /discutir /pensar no próximo, em data a combinar, feitas as necessárias análises sobre o que neste foi bem, e o que foi mal, particularmente o"post-forum" tal como foi canalizado pelos media para a opinão pública .Propomos a tod@s, de acordo com a experiência agora obtida, a renegociaçao atempada de alguns parâmetros iniciais, de acordo, com o espírito de Coimbra e do Forum Social Mundial.
Consideramos que este FSP foi muito positivo para o movimento social e sindical em geral, agradecemos por isso também à CGTP, e foi altamente gratificante para o movimento lgbt e outros minoritários, que conseguiram uma expressão e visibilidade inesperadas, como nunca acontecera entre nós.
Removeram-se preconceitos, medos, desconhecimentos, e até homofobias, sempre latentes na sociedade portuguesa. É um património que não se pode perder no futuro com imposições de uniformidades. Foi um salto qualitativo.
Uma pequena nota para as questões financeiras, se de facto houve lucro: que se diminuam os preços das inscrições em oficinas e mesas, pois o esforço financeiro das associações foi considerável, e permitindo assim o acesso de organizações mais frágeis financeiramente.
AS
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