Nos últimos anos a luta de classes em Portugal (na Europa, no mundo) tem revestido formas que pré-figuram novos desafios aos poderes das classes possidentes e colocam questões novas a todos aqueles que procuram compreender os processos de transformação social em curso.
O recurso ao Grândola, vila morena, a canção de José Afonso que se tornou emblemática do 25 de Abril de 1974, é um desses actos cujo carácter inovador e transformador ainda não é possível avaliar.
Mas o que já é possível avaliar é a ignorância da letra da canção por parte daqueles que a ela recorrem no seu confronto com o Poder.
Tentando obviar a esta lacuna por parte destes combatentes da liberdade, aqui deixamos na integra a letra desta canção de esperança:
«Grândola, vila morena
Terra da fraternidade
O povo é quem mais ordena
Dentro de ti, ó cidade
Dentro de ti, ó cidade
O povo é quem mais ordena
Terra da fraternidade
Grândola, vila morena
Em cada esquina, um amigo
Em cada rosto, igualdade
Grândola, vila morena
Terra da fraternidade
Terra da fraternidade
Grândola, vila morena
Em cada rosto, igualdade
O povo é quem mais ordena
À sombra de uma azinheira
Que já não sabia a idade
Jurei ter por companheira
Grândola, a tua vontade
Grândola a tua vontade
Jurei ter por companheira
À sombra de uma azinheira
Que já não sabia a idade.»
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