Que la pluma sea también una espada y que su filo corte el oscuro muro por el que habrá de colarse el mañana [Subcomandante Marcos]
sábado, abril 26, 2008
CUT Brasil: Carta de solidaridad al presidente Evo y llamado público en apoyo a Bolivia y contra el 'referendo' en Sta Cruz
São Paulo, 09 de abril de 2008.
Exmo Senhor Presidente da República da Bolívia
Evo Morales
Senhor Presidente,
Gostaríamos, em primeiro lugar, de saudar o valoroso povo irmão da Bolívia, em particular os trabalhadores e trabalhadoras de todas as províncias e rincões deste país.
Acompanhamos a vários anos toda a luta que vocês têm levado adiante para consolidar a democracia, a participação popular na definição dos rumos de um país soberano e para superar as políticas neoliberais que tanto mal fizeram a Bolívia, bem como os esforços que envidam para alcançar o desenvolvimento econômico e a justiça social.
Assim como nos sentimos muito felizes quando um ex-dirigente sindical e um homem com origem dos meios populares mais humildes, o companheiro Luis Inácio Lula da Silva, foi eleito por duas vezes Presidente da República do Brasil, também nos sentimos felizes e orgulhosos pela escolha da população boliviana de um Presidente com origem semelhante, o companheiro Evo Morales Ayma.
Estes dois líderes políticos junto com outros no nosso continente representam o anseio da ampla maioria do povo latino americano por mudanças e superação da exclusão social, das injustiças e desigualdades que há 500 anos caracterizam nossos países.
No entanto, atender a este anseio é complexo e lento, bem como implica em tomar decisões corajosas que freqüentemente se chocam com interesses particulares e minoritários. Implica também em mudanças culturais e exige o desenvolvimento de muito diálogo entre os diferentes setores da sociedade.
Neste sentido, nos preocupa sobremaneira a iniciativa das autoridades provinciais de Santa Cruz de convocar um referendo ao arrepio da legislação nacional para aprovar a criação de um “Departamento Autônomo” cujo estatuto tem nítidas feições de um processo separatista.
De maneira nenhuma nos parece correto confundir o justo e necessário esforço para implantar medidas de descentralização administrativa e definição de atribuições dos governos provinciais e municipais com o intuito de melhor servir à população com separatismos que, além de tudo, visam perpetuar privilégios e interesses privados à custa do conjunto da sociedade boliviana.
Uma das razões pela qual a América Latina não logrou o mesmo nível de desenvolvimento de outras regiões que também alcançaram sua independência no século XIX foi a divisão territorial provocada por interesses mesquinhos das elites da época e que, não raro, provocaram conflitos armados entre povos e países irmãos dos quais temos exemplos de até uma década atrás.
Mirando a situação de outras regiões do planeta, já tivemos a oportunidade de aprender que desenvolvimento econômico, social e político no atual mundo globalizado exigem mecanismos de integração e não de fragmentação.
A atual iniciativa nascida em Santa Cruz não interessa aos trabalhadores cruceños, bolivianos, brasileiros e latino americanos. Mais uma vez se trata de uma ilusão manipulada pelas elites locais e de oposição a um governo com origem democrática e popular que somente trará prejuízos ao conjunto da população de nossa região.
Estamos confiantes que a Constituição da Bolívia, ora em discussão possa dar conta dos anseios da maioria da população do nosso país irmão em todos os sentidos e fortalecer a unidade nacional absolutamente necessária para que os recursos naturais e a capacidade criadora dos bolivianos produzam o justo e necessário desenvolvimento a que têm direito.
Artur Henrique da Silva Santos
Presidente
João Antonio Felício
Secretário de Relações Internacionais
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