quinta-feira, julho 07, 2005

Argumentos

O grande argumento de Sócrates para o TGV é que todos os outros já têm um, e nós ainda népias. "Não podemos ficar fora da rede de transportes Europeu de alta velocidade", disse Sócrates, ou melhor, deve ter gritado porque normalmente quando discursa fala sempre aos gritos (tantas modernices com o teleponto e não sabe arranjar um microfone decente - deve ter umas óptimas pastilhas para a garganta, só pode).

Ó amigo, arranje lá outra desculpa menos infantil, tipo que é um grande investimento suportado por todos os Portugueses mas que futuramente servirá indiscutivelmente para o desenvolvimento harmonioso dos 10 milhões de alminhas que pululam no país; que a economia vai beneficiar a potes; que enfim, será uma grande ajuda para nos tirar da cepa torta. Agora o argumento infantil e obtuso de que se os outros têm uma bicicleta nós também temos que ter, ou já agora, se os nórdicos têm limpa-neves de certeza que ter uma resma deles deve ajudar ao choque tecnológico e provocar um crescimento económico do catano, não tem desculpa.

E sinceramente, tirando Lisboa e Porto (os culpados do costume), continuo a achar que a linha do norte, um bocadinho melhorada, poderia ajudar muito mais ao desenvolvimento harmonioso. É que neste momento o comboio já ultrapassa os 200 Km/hora quando a linha está em condições. O que daria hora e meia de Lisboa ao POrto. Portanto vamos gastar uma pipa de massa para poupar meia hora ao pessoal de Lisboa ePorto, porque o resto das cidades nem vale a pena ter TGV, pelo tempo perdido em travagens e tal... e isto num ano de sacrifícios.

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