quinta-feira, maio 12, 2005

No campo

Explorar pela primeira vez um trilho desconhecido; escutar o murmurar do rio a cada curva; admirar as obras de antanho, que represavam o rio e aproveitavam a água para noras e azenhas; descobrir libelinhas verdes e vermelhas; depois de uma pequena cascata, surpreender uma lontra que junto à margem mergulha e volta a mergulhar, entretida a desalojar um peixe das raízes de um amieiro, contente por o ter apanhado, inconsciente da minha presença. Quis ser transparente, e prolongar aquela cumplicidade por mais alguns segundos, surpreendido, eu também, pela incrível beleza da natureza selvagem. Às razões (mais do que muitas) racionais para a conservação dos rios, juntam-se agora razões emocionais: é que o bicho tem mesmo piada, assim ao vivo, a escassos metros da minha mão...

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Lontra no rio, com pouca luz e com uma máquina manhosa...

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