sexta-feira, abril 22, 2005

Ópera passa à clandestinidade

Ratzinger acusa a música de ópera de ter «corroído o sagrado» no século passado e cita a esse propósito o papa Pio X que, no início do século, «tentou afastar a música de ópera da liturgia».

Fonte: TSF, via Ruinas circulares

Por este motivo, nos meios católicos a ópera já passou à clandestinidade:

Num encontro de crismados, dois melómanos clandestinos trocaram óperas de Verdi e Pucini às escondidas do seu director espiritual; na missa de Domingo, aproveitando a confusão da fila para a comunhão, extractos de ópera foram intercambiados em formato MP3, iludindo a vigilância dos acólitos; às 4 da manhã, um grupo subversivo de cantores líricos ocupou a Sé de Lisboa executando extratos de "La traviata" e da "Flauta Mágica", certamente com o auxílio de um cumplice infiltrado.
Os grupos de coral de canto gregoriano (única forma de música permitida pelo Papa Bento XVI nas Igrejas) estão a ser alvo de sabotagem por parte de populares em fúria, que exigem harmonias, solos, instrumentos (para além da voz), contraponto, orquestrações e, se possível, umas quanta dissonâncias e pelo menos uma quarta aumentada. A resistência organiza-se no seio da Igreja.

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