quarta-feira, novembro 17, 2004

Um Santana diferente?

Um Santana diferente

Santana Lopes, de improviso, no seu melhor, mostrou três coisas essenciais:

Luis Delgado, esse paladino da isenção jornalística, diz relativamente ao Lopes, que a Economia e o Estado do país é do seu integral domínio (por isso é que estamos com as famílias endividadas a 110% e com a maior taxa de desemprego de que há memória), que conhece em pormenor os dossiers mais importantes da governação (destes dossiers não devem fazer parte a colocação dos professores nem a liberdade de imprensa; os únicos dossiers que até agora mostraram dominar são os dossiers para a renovação do parque automóvel governativo e o dossier do emprego, do emprego para os amigos), e que debates laterais não farão perder o sentido e o rumo do Executivo (mais uma vez, Delgado ataca o cerne da questão: debates laterais, como o emprego, a liberdade de imprensa ou o aborto não fazem parte das prioridades deste governo; obrigadinho Delgado, por me teres uma vez mais aberto os ólhinhos).

E claro, Delgado volta a insistir: Santana domina todos os temas - Economia, Liberdade, Justiça, Educação, Saúde e outras áreas fundamentais. Vá lá, Delgado nos seus delírios não incluiu o ambiente e a cultura na lista dos domínios do Lopes. Apesar disso, todos sabemos que o Lopes de cultura sabe a potes, com uma passagem pela secretaria de estado da dita. Para o ambiente, está lá o outro, o Guedes, que sabe a potes do assunto.

De Barcelos veio um PM diferente, mais exigente, mais determinado, e sem grandes dúvidas onde é que já ouvi isto das dúvida? de alguém que também "raramente tinha dúvidas e nunca se enganava" (talvez pela ordem inversa)? quando os políticos inspiram aos seus sabujos este tipo de discurso, é sinal que a coisa não está para durar. Sem querer, Delgado anuncia o princípio do fim deste governo (se a história de repetir).

Agora a sério, o Delgado está de dia para dia mais vomitivo (e eu que pensava que tal coisa fosse impossível). O gajo deve ganhar ao elogio, é a única explicação racional possível para os delírios do sabujo de Lopes. Ao Delgado só falta dizer que o Lopes está cada vez mais magro e bonito e irresistível e inteligente e culto e sensato e abnegado e... até parece que está a falar das qualidades e saberes de um Leonardo Da Vinci e não do camarada Lopes. O Delgado é um extraterrestre... só pode!

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