Quando era puto, odiava coves, como a maioria os putos. Depois de uns anitos emigrado, a coisa que mais associo ao Natal (e a que mais falta me fez no estrangeiro, para além do inevitável café) são as couves. A bela da cove tenrinha, bem regada com azeite caseiro, a acompanhar um bacalhau invulgarmente espesso. Hoje, é um dos repastos que mais me agradam: couves cozidas com azeite e outra coisa qualquer. Se for depois de umas geadas valentes, a couve fica tenrinha e ainda mais saborosa. Por isso as couves da época de natal são singularmente deliciosas.
PS – Ele também há umas lagartas, das couves, mas com cuidadinho tiram-se antes de meter as couves no tacho.
PS2 – No estrangeiro não há couves como às nossas; são uma variadade endémica do nosso país, que afirma a nossa originalidade muito mais do que o fado, o vinho do Porto ou a seleção nacional.
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