terça-feira, outubro 12, 2004

À justa...

A Comissão de Liberdades Públicas, Justiça e Assuntos de Interior do Parlamento Europeu reprovou por uma estreita margem de votos a candidatura de Rocco Buttiglione para fazer parte da Comissão Europeia , cargo para o qual tinha sido proposto pelo Governo Italiano. O candidato tinha feito declarações muito polémicas sobre a homossexualidade e sobre o casamento.

Com uma votação mesmo à justa de 27 votos a favor, e 26 contra a comissão parlamentar aprovou a resolução que refere que Buttiglhione não cumpre com as condiçoes necessárias para ser comissário europeu.


António Serzedelo

Entretanto, segundo a última sondagem, Bush perde por 1 ponto percentual.
Ele há dias felizes; ontem, antes das declarações do Lopes, também era um desses dias...

À justa devem ser também os aumentos de ordenados e a diminuição do IRS: a acontecer, nunca serão maiores que 1%, muito provavelmente inferiores a 0,1%... entretanto as SCUTS vão passar ser pagas e os Municípios estão pelas ruas da amargura. É a política da cenoura e da xibata: o Lopes acena com a Cenoura por um lado enquanto que o Homem do Bago fustiga violentamente os asnos em que nos tornámos por outro. Do pouco que tive a infelicidade de ouvir (trabalho a mais), o tom de voz e o surreal das promessas do Lopes transportaram-me para o Universo do "Admirável Mundo Novo".

Se o Marcelo andasse por aí, desancava-o mediaticamente de caixão à cova. Mas se criticar um dia de ponte levou ao seu afastamento, criticar aumentos de salários e diminuição de impostos (coisa 100 vezes mais grave para a Economia que uma ponte manhosa) seria merecedor no mínimo de uma condenação sumária às labaredas redentoras da Fogueira Inquisitorial, com requintes de malvadez na preparação do suplício.

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