quarta-feira, agosto 11, 2004

Adopção e casamento Gay

O jornal Correio da Manhã , de Domingo, traz uma grande e inédita sondagem sobre as questões da adopção, e sobre o chamado casamento gay.Ver, em Sociedade. A maioria dos portugueses, de acordo com a sondagem, 55% está contra alegalização de casamentos entre homossexuais, e 53,8% a favor da adopção por homos!!!! Costuma ser o contrário. Recorda-se que há bem pouco tempo uma sondagem do jornal Publico, sobre a questão da adopção dava cerca de 30% de pessoas como favoráveis. O "C.M." diz que no interior, classes mais baixas e menos instruídasmanifestam reservas à legalização. (Por isso, a Opus Gay tem tentado, ejá conseguiu parcialmente, sempreconceitos, passar o seu discurso nas rádios e jornais dointerior, mas nem sempre tem sido fácil. Esperemos agora, que alguns leitores deste texto, face a estes resultados, e que tenham acesso ajornais/rádios locais, também abram a discussão a esse nível, e a outros pontos mais consensuais da chamada agenda gay, para o que podem contar connosco , se o pretenderem,é claro!). São depois pedidas reacções partidárias: P.Popular, Pires de Lima, mostra-se contrário, em nome dos sentimentos da denominada maioria, o Partido Social Democrata, não se mostrou disponível para comentar, o P. Socialista , com Vitalino Canas, refere que o PS está aberto à legalização, mas ainda não discutiu a questão da legalização das adopções , o P. Comunista, refere que a sondagem mostra a crescente preocupação social por estas matérias, mas acrescenta que não lhe parece significativo o resultado. Por razõoes não referidas, não ouviram, o Bloco deEsquerda, tradicionalmente apoiante das nossas posições. Também há um testemunho ocupando grande espaço , de D. Antonio Marcelino, bispo de Aveiro, que diz que "união entre homossexuais não é casamento", mostra-se contra a adopção por homos, e afirma que a lei como está, está bem (lembro que já nao se opõe à Lei das Uniões deFacto/Parceria Civil, já em vigor desde 2001). A Opus Gay também ouvida,e a quem deram um espaço igual ao do bispo, e superior à dos 4 partidos ouvidos , declarou:

Correio da Manhã - O que acha dos resultados?
António Serzedelo - Sugere uma mudança de atitudes. Apesar de a maioria ser contra a legalização, há um terço que é a favor, se fosse há uns anos, eram 90 por cento contra.
CM-Entende então que há uma maior abertura?
AS - É altura de se lançar de novo o tema à discussão pública. Nada há atemer que as diferentes comunidades, científica, civil e 'gay' façam ouvir as suas vozes.
CM-A Igreja continua a ser frontalmente contra?
AS - Estamos a falar de um casamento civil! A Igreja não deve pronunciar-se, como não se pronuncia sobre os divórcios. O casamento civil é um contrato. Por outro lado, a própria constituição diz que uma pessoa não deve ser discriminada pela sua orientação sexual. É uma questão de direito. Se depois o exerce é outra questão. Até costumo brincar e dizer que os 'gays' são os únicos que ainda acreditam no casamento.

António Serzedelo (Opus Gay)

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