Antes e durante o Euro, ninguém podia fazer greves ou contestar o que quer que fosse, porque estava a ser antipatriota; bem, e agora? O Euro acabou, vamos lá a cumprir promessas. Ontem soube (só para dar um exemplo) que os bombeiros que estavam na IP5 deixaram a rectaguarda desguarnecida. Ou seja, se houvesse um incêndio na Serra, aquilo ardia tudo, porque não havia efectivos suficientes. Na altura, os homens calaram-se, por patriotismo. Agora reclamam as promessas feitas e acusam o discurso hipócrita do “tudo está bem” e da “super-organização” do Euro 2004. Pois, se calhar o Euro até correu bem; mas quando para isso acontecer todos os recursos humanos e materiais se concentram num único evento, então algo está mal na Lusitânia. Figueiredo Lopes veio ontem dizer que sim, que aprenderam a lição, e que este ano estão muito melhor preparados. Os bombeiros dizem que não, que as promessas de 2002 estão por cumprir. Figueiredo Lopes falou de prevenção e tal... Tirando os anúncios da televisão, não sei a que se refere FL.
Entretanto, os populares no Alqueva defendem que um dos factores que mais contribui para a disseminação dos incêndios são os bichinhos em chamas, ao tentarem desesperadamente sair do centro dos incêndios. Por isso, para mais uma acção patriótica (e para ajudar FL na prevenção), lanço o apelo: sempre que virem um coelhinho em chamas ou um javali em plena combustão, a tentar desaperadamente sair de um incêndio, assegurem-se que os ditos felpudos não saem das chamas, com berros, gritos, gestos, acções físicas vigorosas, se preciso fôr, mas previnam a todo o custo a fuga dos ditos animalejos dos fogos. A bem da floresta.
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