quinta-feira, abril 01, 2004

A nova RTP

A “Nova – Rádio e Televisão Portuguesa (ou de Portugal, não sei bem)” – RTP

Eis uma novidade, que merece todo o nosso apoio. Temos uma nova Televisão e uma nova Rádio, Viva Portugal!

Que edifício bonito, que qualidade de estúdios (O MAIOR DA EUROPA), que belas vistas proporciona a localização do “novo” edifício da Rêtêpê.

São estes pequenos PRO-MENORES (significado: para menores)que fazem encher de orgulho este meu portuguesismo de infância.

Então não era para terem convidado para a sessão de inauguração todo o JETESSETE protuguês (sic), então não se tratou não só de uma inauguração betónica (de betão) mas também de curtura (sic) (não queria dizer cultura, quero dizer curtura de curteza de vistas).

Viva a nova Rêtêpê que ontem nasceu. (tudo porque não está aprovada a lei da despenalização do aborto, caso contrário não acredito que tivesse nascido com tal parteiro - Nuno Morais Sarmento, claro!). E os assistentes do parto! Que coisa bonita, o Patriarca (fez logo o Baptismo, espero pela Confirmação), o P.M., o P. Melícias, o Nuno, não o Sarmento (esse não podis faltar, aliás com o sapo da “:” na barriga) mas o dito Dom de Bragança. Que espectáculo para a Rêtêpê Internacional! Todo o Mundo poderia ver este parto ao vivo. Será que tiveram a curiosidade de ver? Eu penso que não. Explico.

Eu penso que a RTP-Internacional é muito boa porque passa muitas novelas e programas velhinhos, parece a SIC-Gold, é um espectáculo.

Esqueci-me de dizer, logo de início que o nacional-pequenismo se entusiasma com a inauguração do edifício da TV, quando deveria era entusiasmar-se com uma nova TV, efectivamente.

Pois de novo, nem o edifício, pois já lá se delapidou muito diamante. Agora sem diamantes ficou o quê? A Rêtêpê, claro, os restos da nossa cultura diamantifera.

Quem me dera ter uma televisão nova e não um edifício de televisão dito novo.

Como se gosta de festejar em Portugal – Mesmo quando não há nada para festejar.

Viva a “nova-velha” RTP, que passe da Curtura para a Cultura, do Futebol para o desporto, da novidade para a notícia, do mexerico à sobriedade, do mundo da festa, em suma, para o mundo do trabalho. Viva a RTP com moscas também velhas.

Quem me dera uma RTP que me mostrasse o País não lisboeta, que soubesse que há Portugal e mais Portugal em qualquer cantinho do interior que no pseudo-cosmopolitismo lisboeta. Não nos podemos esquecer que a maior parte dos “lisboetas” vão, de vez enquando, “à terra”. Também a RTP lá deveria ir. A RTP-Internacional faria muito melhor se mostrasse Portugal ao Mundo do que novelas brasileiras e outras coisas do género, para isso serve a Globo-Sat, não!?

Que viva a RTP!

Viva Portugal de Lisboa

Viva mais o Portugal Português.

José Cordeiro

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