terça-feira, março 02, 2004

Mudanças climáticas implicam o fim da civilização

Neste estudo, o cenário previsto é catastrófico, com os recursos a diminuirem drasticamente, conflitos a aparecerem como cogumelos, colapsos de continentes inteiros, caos, guerra, fome e o fim da civilização como a conhecemos. Claro que é uma visão alarmista, hipotética, roçando o inimaginável. Mas é da capacidade de prevermos as consequências dos nossos actos hoje que depende o nosso futuro de amanhã. Mesmo que sejam cenários improváveis para daqui a 10 anos, talvez não o sejam daqui a 100 ou 1000 anos, como refere o próprio estudo. A grande dúvida é quando é que a catástrofe chegará. Mas se não mudarmos nada, se não houver protocolo de Quioto (por exemplo), se não começarmos a tirar a sustentabilidade da prateleira do politicamente correcto e assumi-la todos os dias, nas pequenas coisas e nas grandes decisões, o mais certo é que o cenário inimaginável hoje passe a ser uma realidade irrevogável amanhã. E este estudo ajuda os decisores e todas as pessoas a questionar-se hoje, porque amanhã poderá ser demasiado tarde. E este questionamento é coisa que Bush e os seus falcões não querem fazer. Para eles, o protocolo de Quioto é uma cabala para atrofiar a economia americana. Por isso, este tipo de estudos acaba debaixo do tapete, porque são incómodos e obrigam a questionar o nosso modo de vida e em última análise, o nosso modelo de sociedade. A História encarregar-se-á de julgar as irresponsabilidades assumidas....

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