O editorial de ontem de JMF foi rasteiro; muito provavelmente, algures nos meandros do passado, perdemos um biólogo honesto e ficamos com um mau jornalista. Ou talvez não. Como biólogo que sou, faz-me confusão que outros como eu se desviem do santo caminho da Biologia para se dedicar a escrever editoriais manipuladores e rasteiros.
Na minha imaculada inocência, era um dos poucos que no mundo não sabia que escutavam alarvemente todas as conversas na ONU. E que sim, que é normalíssimo, que toda a gente sabia, e que é uma hipocrisia dizer o contrário (JMF). Mas também toda a gente sabe que há quem não pague impostos, que trafica droga e armas, que roube bancos,e no entanto todas essas actividades são ilegais, e por isso devem ser punidas. Se o que fez o Governo Inglês é ilegal, deve ser punido por isso. E mai nada.
Depois JMF disse que Short ainda descredibilizou os Serviços secretos, que já estão de rastos com os escândalos da guerra do Iraque. Mas se estão de rastos, é porque foram totalmente instrumentalizados pelo governo. Não foram os serviços secretos que com a sua informação originaram a guerra; foi o governo Inglês (à imagem e semelhança do Americano) que decidiu ir para a guerra e que mandou os serviços secretos arranjarem umas justificaçõezinhas para o injustificável.
Prosseguindo no seu implacável raciocínio Bivalviano manipulativo, JMF demonstra a sua estupefacção pela esquerda conviver bem com este tipo de ditadores como Saddam, que matam civis aos magotes e provocam o sofrimento do Povo Iraquiano (em referência a um post de de João Madureira). Que eu saiba, os únicos que conviveram com o ditador foram os Americanos e Ingleses, interessados em apoiar o Iraque contra o Irão. De resto, duvido que a esmagadora maioria dos habitantes deste planeta pudessem conviver bem com Saddam ou com ditadores da sua laia.
Esta afirmação de JMF é gratuita, manipulatória, ofensiva e mentirosa. Não é por repetir mil vezes a mesma mentira que ela se torna verdade. Ó JMF, reconhece que te enganaste e deixa lá de atirar areia aos olhos das pessoas. Já ninguém vai na tua cantiga. Tu é que devias receber o óscar da melhor canção: é monocórdica, politicamente consonante com Bush, sempre a mesma (nunca se engana na melodia enfadonha e no ritmo simplista) e igualmente soporífera. Como podem constatar, tem tudo para vingar nos óscares....
PS - este editorial ficará para a história por responder a um Blog no PS. Acho que o JMF gostava de ter um Blog...
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