Senhores da Elite, já que são tão-tão-tão neo-neo-neo-liberais deixem lá o Estado em paz e preocupem-se no vosso tecido empresarial com as linhas com que se cosem (e muitas vezes também cozem, só que nem todos comem).
Eu, de minha costela elitista só vejo um futuro para Portugal no seio da Europa e no Mundo quando se apostar na EDUCAÇÃO e na CULTURA, não a educação (mais da que temos) vigente, mas de uma reforma a começar nas bases. Não da cultura que temos (se é que temos alguma) mas da cultura que se espelhe, não em Portugal mas na Europa e no Mundo.(É evidente que se eu não disser ao outro (o não Portugal) ele não me conhece, mas se eu disser ao outro barbaridades ele também não tem interesse em me conhecer, e se me quiser conhecer por inciativa dele então é por interesse ou mera curiosidade, já lá vai o tempo do "orgulhosamente sós" mas a mentalidade persiste. A nossa cultura só vingará quando disser alguma coisa aos outros, e só dirá alguma coisa aos outros quando comungar com eles interesses e "cultura" comum. Na música só quando percebermos colectivamente o que é aquilo a que chamam "música clássica" é que seremos europeus, pois esta foi a linguagem musical da Europa durante muistos séculos. No teatro só seremos bons quando representarmos aquilo que reflecte os valores da cultura comum e não a mera "pseudo-revista à portuguesa", mesmo as iscas à portuguesa só as podemos exportar se souberem o que é fígado, portanto as nossas larachas só serão europeias quando forem larachas para os outros também, porque é que há companhias de teatro que vêm em digressão a Portugal e não há companhias portuguesas a fazer digressão pelos outros países? a verdade é que não têm qualidade comparável. Dói mas é assim.
Porque é que os nossos empresários, os compromissistas andam com o rabinho a tremer? Não têm qualidade comparável com os seus congéneres, por isso querem que os trabalhadores deles, que têm a qualidade dos seus congéneres se lha derem em formação, paguem a sua incompetência, quer através de baixos ordenados (não para os gestores públicos -como eles pedem-, que são eles os compromissistas, e são-no não por competência mas por convite, pois se fosse por competência estariam muitos mais estrangeiros por cá a tirar-lhes o lugar no Pálio capelístico), bem como as leis laborais pró-chinesas (não proxenesas) (a que chamam flexibilidade no despedimento).
Mas eu pergunto, por que é que tais compromissistas não vão estagiar para o estrangeiro, ganhava sempre Portugal. Primeiro via-se livre deles durante o seu estado de imcompetência e depois (segundo) quando regressavam - se e sómente se tivessem vencido o trauma da competitividade real, séria e sem o papá ou a mãmã (estado/mama do subsidio) .
Vamos comprometer-nos por Portugal, mas todos, não só os beatistas, que eu saiba há muitas mais capelas (perceberam esta das capelinhas) e mais importante que as capelas são a religião que as ergue e que as mantém - seja a portugalidade.
Antigamente dizia-se vamos "aportuguesar Portugal", isto não foi conseguido, na minha modesta opinião a não ser pela estúpida e mesquinha tese do "orgulhosamente sós" (que ela em si não era o que dela dizem, mas isso é outra conversa), hoje já se impõe outro desafio, "vamos europeizar Portugal", não cometamos de novo outra estupidez que é fazê-lo tendo como modelo um outro país europeu. Não. Há um ideal europeu, não o espanhlol, o francês...(podem continuar a viagem geográfica), mas algo que perpassa por todos os países geograficamente falando (uns dizem que é o cristianismo, outros os valores dos direitos humanos, eu digo que é a voracidade com que se quer europeizar o mundo se os outros deixassem, também, mas não só. Europa é CULTURA, independentemente do folclore endógeno a cada cadinho há ideais europeus. Eu gostava de saber quais são, mas é como aquela das bruxas "que as há, há". Só lá chegaremos pela educação e pela cultura. A ciência é um paradigma europeu, foram os europeus que a inventaram, logo é importante investir nela. Mas ciência não é o mesmo que Ciência, ciência também é arte, técnica, moral, ética, teologia etc.
Procuremos aos filósofos gregos (e assim sucessivamente) o que é a europa e eles dir-nos-ão com mais propriedade o que ela é, e acreditem que não anda nem de perto nem de longe com a ideia que têm os "compromissistas do Beato".
Não pensem que sou bota-a-baixo, não. Sou descompromissista, ou melhor, os compromissos só vinculam quem os produz e não os outros, por isso estou sossegado. O pior é que quem os produziu neste caso vertente não foi para se comprometer a ele próprio (ou eles próprios) mas para comprometer os outros.
Obrigado mas já lá vai o tempo das "cabecinhas pensadoras", deixem-nos pensar pela nossa cabeça se faz favor.
Chamei espinolada a isto só porque me apeteceu, podia chamar-lhe, agora mais europeisticamente, maquiavelada (de Maquiavel, claro!- vou comprometer os outros para me safar a mim - Brilhante bábáloo (lembram-se).
dixit
in
capela dos mártires
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