Porque não participo na reunião semiclandestina do dia 6 de Março
Companheir@s
Não tenciono ir à reunião do próximo dia 6 de Março, na residência particular do Miguel Vale de Almeida/Pedro Corte Real, cujo convite já agradeci pessoalmente, para decidir questões políticas e publicas, relativas ao dia do Orgulho, Pride, de 2004, pelas razões que a seguir exponho, e que vos avanço atempadamente:
1 - Não considero pertinente que uma reunião desta importância política, se realize numa semi-clandestinidade periférica, em casa particular, no 30º ano das comemorações da Revolução de Abril, aparentemente, graças à intervenção de boa vontade de um militante socio-activista da Ilga-p, e afirmativamente militante partidário , que aliás, conheceu bem, e também permitiu, todo o processo da crise forjada contra a Opus Gay , havendo disponíveis dois espaços públicos, centrais, onde ela se devia realizar: o "Centro Comunitário Gay e Lésbico de Lisboa", e a sede Opus Gay.
2 - Considero desmoralizante que nenhuma associação ou grupo das que fazem parte dos colectivos lgbt portugueses tivesse tido a coragem de, em primeiro lugar, convocar a reunião, e, seguidamente, proposto os locais possíveis. Concluo que estão portanto, sem forças morais pelo que (não) fizeram, ou sem iniciativa política.
3 - Além disso temos como dado objectivo, que desde que a Opus Gay foi fundada, e esta direcção está à frente dos seus destinos, para nosso enorme espanto, fomos, e fui sistematicamente insultado(s ), vilipendiado(s), maltratado(s), caluniado(s) e objecto de intrigas e complots, por modos e formas absolutamente inconcebíveis e vergonhosas de grande pendor homofóbico, mas sempre incutidoras de ódio contra a Opus Gay, e contra mim, sendo que os autores são pessoas glbt dos quadros associativos, embora a maior parte delas nunca me tenha conhecido, dialogado comigo, a despeito de inúmeros pedido que fizemos, sempre sem resposta.
5 - Não tendo havido até à data, da parte de nenhum dos intervenientes nestas campanhas, qualquer tentativa, mesmo a nível particular, de mostrar com um mínimo de sinceridade que houve um engano com essas atitudes (sem pretender humilhar ninguém), ou de uma possível autocrítica aos processos e tácticas utilizados, não estou pessoalmente disponível para me encontrar, presumivelmente, com tais protagonistas, no referido local, pelo respeito que tenho por mim próprio, e que eles deviam ter de si mesmos, depois do que disseram, e fizeram e pensam de mim. Julgo aliás, que esta proposta de reunião surge, agora, porque se aproximam etapas eleitorais importantes este ano(Junho 2004), e não foi possível, afinal, isolar a Opus Gay, como se desejava.
6 - Porém, considerando os interesses, ditos do movimento glbt, (que por este caminho não irão a bom porto, nem são de forma nenhuma prestigiantes, nem nunca mobilizarão novos actores sociais), mas considerando que poderá estar em causa a organização da "Marcha do Dia do Orgulho de 2004", solicitei logo à Anabela, vice Presidente da Opus Gay, que também se voluntarizou, e a outro membro da Direcção, que nos representassem institucionalmente nesse encontro, do dia 6 de Março, sabendo de antemão que terão todo o meu acordo para as decisões que resolverem tomar.
Votos de trabalhos transparentes, e agradecendo a atenção, A Luta continua!
Sou António Serzedelo
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