Agora a Câmara Municipal de Lisboa quer "legalizar" (= burocratizar) a profissão de arrumador de automóveis. Eu acho bem, mas pergunto porque é que a EMEL nasceu de costas voltadas para os arrumadores, em vez de ter nascido com eles.
Há nas ruas de Lisboa uma luta entre a EMEL e os arrumadores. A EMEL veio tirar o trabalho aos arrumadores, estes retorquem vandalizando os parquímetros. (No outro dia uma amiga minha estacionou o carro aqui perto, numa zona de parquímetros. Quando tentou pagar, verificou que ambos os parquímetros mais próximos estavam inoperantes.)
Porque é que a EMEL, em vez de utilizar parquímetros, não contratou os ex-arrumadores para cobrar? Em vez de usarem máquinas, davam trabalho a homens. Não teria isso sido bom, tanto em termos humanos com empresariais? Teria ficado mais caro para os automobilistas? Pois teria, e depois?
Os parquímetros necessitam, de qualquer forma, de fiscais da EMEL. Não seria mais prático, e eficaz, ter permanentemente no terreno os ex-arrumadores, que controlariam quanto tempo cada carro ficava parado em
cada sítio, e que chamariam por telemóvel os bloqueadores de carros sempre que necessário?
Enfim, não percebo. Primeiro hostilizam os arrumadores, agora querem legalizá-los. Que raio de política. Decidam-se, porra!
Eu, por mim, sempre estive decidido: sou a favor dos arrumadores.
Luís Lavoura
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