Que la pluma sea también una espada y que su filo corte el oscuro muro por el que habrá de colarse el mañana [Subcomandante Marcos]
sexta-feira, janeiro 16, 2004
Soror Mariana na Antena 1
É verdade, sim senhor: as rádios informam melhor que os jornais e as tvs! E aqui está mais um exemplo, uma magnífica exposição que há dias foi anunciada na rádio e que, aparentemente, tarda em chegar a outros media: as cartas de Mariana Alcoforado ilustradas... por Matisse!
Aproveito a deixa para também saudar a Antena 1, de que sou ouvinte regular - não possuindo tv nem comprando jornais, considero-me perfeitamente informada (ok, não reconheceria na rua as caras dos advogados do caso Casa Pia!). E porquê a minha fidelidade radiofónica? Porque acho a publicidade das rádios comerciais insuportável, as rádios locais em Évora não conseguem atingir uma qualidade mínima decente (talvez pudessem ir estagiar na Rádio Clube da Covilhã?), e nunca consegui sintonizar a Voxx ou a TSF em Évora. Também gosto da Antena 2, que passei a ouvir com menos regularidade desde que descobriram o elitista slogan "uma rádio com classe". A única coisa que me irrita um bocado na Antena 1 é o tempo recorrentemente gasto a descrever o trânsito do Porto e Lisboa - quando há sarilho, ainda se compreende a utilidade de sugerirem percursos alternativos, mas os senhores jornalistas não parecem compreender que "não haver problemas" NÃO É de facto uma notícia. Assim, "circula-se bem na Ponte 25 de Abril" tem o valor informativo de "chuva em Novembro, Natal em Dezembro". Pensando bem, "trânsito parado na 2a circular ou no IC19 às 8h da manhã" também já devia ter perdido o estatuto de notícia! Mas não, infelizmente, o trânsito é como o futebol: quer aconteça alguma coisa, quer não, é sempre notícia.
Na Antena 1 gosto do formato de programas (diversificados) com duração de meia dúzia de minutos, raros em tv, ideais para pessoas com baixo poder de concentração, como eu. Às vezes soam a pouco (como quando fala Júlio Machado Vaz), outras vezes pensa-se que, enfim, são só uns minutos até eles se calarem (os Tios Eduardo Sá e Sónia Morais Santos, para quem o Natal é muito mais que as prendas, é também "os sentimentos" por detrás das prendas - nem devem ter reparado que se comemorou o "dia sem compras" na semana que gastaram a discuti-las!). A rádio é também um instrumento formativo: é um prazer ouvir diariamente o despretensioso António Cartaxo, por exemplo, trazer os deuses (musicais) à Terra. Quanto a programas de fôlego, o único que ouço de lés-a-lés é Um Lugar ao Sul, sábados às 10h - por favor ouçam-no se nunca o fizeram: é sobre o Alentejo que eu, que vivo no dito, nunca vi (mas que aquele programa prova que existe!). Um Alentejo onde Alqueva é uma aldeia e os únicos transvases são-no de poesia. E eu que nem aprecio poesia!
mpf
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