segunda-feira, janeiro 12, 2004

Revelações de Paul O’Neill

“Desde o início, havia a forte convicção de que Saddam era mau como às cobras e tinha que lhe dar um fanico qualquer”, diz O’Neill, que acrescenta que Saddam era um tópico prioritário 8 meses antes do 11 de Setembro, alguns dias depois da tomada de posse de Bush.

Como Secretário do tesouro, O’Neill fazia parte do conselho nacional da Segurança, pelo que teve acesso em primeira mão à verdadeira versão de como tudo se passou. “Desde o princípio, a única coisa que faltava era encontrar uma maneira de limpar o sarampo ao regime de Saddam. Bush dizia-me: arranja-me lá uma maneira de fazer o que eu quero... Para mim, saber que à priori os EUA podem fazer (unilateralmente) o que lhes der na real gana faz-me assim umas urticárias galopantes por todo o corpo”, voltou a dizer O’Neill.

Curiosamente, o Iraque foi logo tema de conversa na primeira reunião que teve, e continuou a ser falado na reunião do concelho nacional de Segurança, dois dias depois.
Há documentos que provam tudo o que O’Neill afirma. “Um está marcado como secreto, com o título: Plano para um Iraque pós-Saddam”; ou seja, a ocupação do Iraque foi decidida entre Janeiro e Fevereiro de 2001!

Com base nas entrevistas a O’Neill e a outros oficiais, Suskind diz (por escrito) que o plano inicial continha referências a tropas de manutenção da paz, tribunais de crimes de guerra e inclusivamente à futura divisão dos poços de petróleo [estou brutalmente surpreendido; é que não estava nada, mesmo nada à espera].
Um documento datado de 5 de Março de 2001, intitulado "Foreign Suitors for Iraqi Oilfield contracts" tem o descaramento de vir com um mapa das áreas potenciais de exploração. Nele estão ainda uma lista 30 a 40 países com interesses no petróleo Iraquiano.

Isto quer dizer que mesmo antes dos terroristas mandarem as Torres abaixo já estava tudo decidido.... até parece mentira...

Traduzido (livremente) e resumido daqui.

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