4.dezembro - Ecologia global
Um acordo de cooperação nuclear entre a Argentina e a Austrália está a orginar uma forte reacção de centenas de organizações não governamentais, redes colectivas e milhares de cidadãos.
Esse tipo de importação estrangeira implica - entre outras coisas - a passagem de cargas radioativas letais por águas territoriais, rotas e populações argentinas densamente povoadas, submetendo o país a perigos que se estenderão por mais de 100.000 anos, além de aumentar a sua exposição ao terrorismo internacional, dizem as organizações em campanha contra o acordo nuclear.
O acordo com a Austrália deve ser ratificado pelo Congresso, pois já tem meia sanção do Senado e só falta a aprovação da Câmara dos Deputados. Se o texto for aprovado, os resíduos entrariam na Argentina por duas vias, uma delas seria o porto de Buenos Aires e a outra o Porto de Baía Branca.
"Nós vizinhos não aceitamos este acordo porque o lixo nuclear que vem de outras nações e a devolução do mesmo, já tratado, implicaria a passagem de barcos com cargas radioactivas letais por águas territoriais argentinas", manifestou Claudio Caruso, do movimento Cidadãos Auto-convocados em Defesa da Constituição. No entanto, a empresa estatal Investigações Aplicadas (Invap), do estado de Rio Negro, na região da Patagônia e construtora do reactor que foi vendido à Austrália, qualificou a campanha como de "má fé" e "falta de respeito". A empresa sustenta que só o facto de chamar os materiais de "resíduos nucleares" era um gesto prejorativo e precipitado.
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