quarta-feira, novembro 12, 2003

O altermundialismo serve para quê? (3ª parte)

Artigo traduzido daqui (2ª parte)

O imposto mundial lançado por França

Depois da cimeira sobre o financiamento do desenvolvimento em Monterrey (Méchico), em Março de 2002, Jacques Chirac lança a ideia relativa a um imposto mundial. Há 3 dias, mais uma vez, por ocasião do primeiro Fórum para uma parceria com África, Chirac voltou a falar de um imposto (julgado indispensável) sobre as riquezas geradas pela globalização. A ATTAC foi a primeira a militar pela taxa Tobin, nome do prémio Nobel da economia que em 1978 propõe uma taxação sobre o lucro da especulação financeira. Na melhor das hipóteses, os economistas ditos sérios opinam que é uma boa ideia, mas impraticável; no pior dos casos, consideram-na uma engenhoca infecta. No entanto a ideia avança. Preocupado em se demarcar da ATTAC, Chirac, refuta a taxa Tobin (poluida por inconscientes que lutam por um mito inaplicável), e leva avante (através da sua diplomacia) uma outra taxa sobre emissões de carbono.
Mas assume, de facto, a ideia de uma fiscalidade global (o que é o que andam a pregar uma multitude de redes alternativas há já muito tempo). Hoje, esta ideia está prestes a tornar-se uma realidade, podendo já começar a ouvir-se o ténue rugido do rio que vem lá ao longe. A ONU assumiu mesmo o risco de avançar com números. Um imposto sobre as transações financeiras poderia gerar uma receita de 53 mil milhões de dólares por ano, enquanto que uma taxa sobre as emissões de carbono daria 125 mil milhões de dólares.

Veja também este post...

Sem comentários: