Acabou ontem o II Fórum Social Europeu, onde estiveram mais de 50 000 participantes, durante aproximadamente 3 dias. Na Manifestação de Sábado, participaram 100 000 pessoas, num ambiente cosmopolita e festivo, com muita música (orquestras, batucadas), muitas cor e muita alegria. O Fórum social alargou as suas bases de apoio, sendo essencialmente um espaço integrador de sensibilidades muito diferentes.
Mas o altermundialismo não se resume aos Fora sociais e à sua realização no espaço e no tempo...
A natureza internacional desta nova maneira de olhar o mundo reflecte-se no Encontro social paralelo à Cimeira Ibero-americana na Bolívia (onde Carlos Eduardo Medina discursou perante os 21 chefes de estado presentes na Cimeira, dizendo sem papas na língua, que o modelo neoliberal acentua a pobreza), na Mega-manifestação de hoje em protesto contra a gestão calamitosa do desastre do Prestige (esperam-se muitos milhares de pessoas) ou na recepção que os movimentos alternativos preparam para 4ª feira ao Presidente Bush, em Londres.
Mas vai muito para além dos movimentos de protesto; estes são apenas a face mais visível de uma mobilização civil cada vez maior, e que encara as mudanças de uma forma essencialmente construtiva. São os milhares de projectos alternativos que já existem e que afectam milhões de pessoas em todo o mundo que constituem o capital de optimismo e de esperança do altermundialismo. Este reune numa mesma plataforma ideias e utopias, manifestações e protestos, práticas e projectos que acreditam que um outro mundo é possível.
Sem comentários:
Enviar um comentário