sexta-feira, novembro 07, 2003

Cinco mil pessoas na primeira plenária do I FSB

7.novembro/2003 - Belo Horizonte, Brasil – Adital/Dilene Ferreira e Eduardo Franco

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A abertura do Fórum Social Brasileiro (de 6 a 9 de Novembro) foi feita pelo vice-reitor da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Marcos Morato, que deu boas-vindas aos participantes e louvou a organização dos movimentos sociais que participam do evento. Ele salientou que isso demonstra a força da sociedade brasileira para protestar contra medidas como o novo acordo que o Governo brasileiro assinou com o Fundo Monetário Internacional (FMI), que prevê um superávit de 4,25%. "Vai atrasar o desenvolvimento e prejudicar os programas sociais", prevê.

"O monstro do norte". Assim o argentino Carlos Juliá, da Campanha Jubileu Sul pelo Cancelamento da Dívida Externa e também participante da Conferência, se referiu aos Estados Unidos ao falar dos acordos nocivos que ele impôs ao seu país de origem. Ele lembrou que a Constituição da Argentina de 1949, não permitia as privatizações das empresas nacionais e protegia seu povo. Com o golpe militar, em 1976, a Constituição foi revogada e o país começou o mergulho no caos em que se encontra. Mesmo com os problemas que o país enfrenta, ele se mostra otimista por causa da organização dos movimentos sociais que estão lutando para que a Argentina volte à normalidade e o povo recupere sua dignidade. "O que posso dizer ao povo brasileiro e ao de todos os países periféricos é que se cuidem para que não aconteça com eles o mesmo que ocorreu em meu país", alertou, sendo bastante aplaudido.

Fátima Melo disse que "Em 1999, em Seatle, aconteceu o primeiro grande ato simbólico, onde os movimentos sociais globais apareceram com maior visibilidade e mostraram que o neloliberalismo está em crise e que não responde de forma alguma às necessidades da humanidade", afirmou, para dizer em seguida que "os ataques de 11 de setembro contra os EUA foram outro marco, pois a partir dali o governo americano passou se impor ainda mais pela guerra e pelas estratégias unilaterais do império norte-americano".

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