No outro dia, em Lisboa, tive que fazer um bocado do caminho a pé; nesse curto trajecto, cravaram-me lume, pediram-me um cigarro, ofereceram-me 3 panfletos de publicidade (Prof. Mohamed, mestre do oculto; aulas de inglês e outro que não me lembra), tentaram vender-me um telemóvel que fazia fotografias, fui assediado por 3 senhoras da AMI, 1 vendedor da "Cais", 2 pedintes pediram guito para os filhos, aliciaram-me a comprar uma câmara de vídeo "baratinha" (!!), discretamente resguardada por um saco de plástico habilmente entreaberto no preciso momento da proposta, sem esquecer o tradicional tijolo de chamon, mostrado à socapa, por um cigano asseado de bigode farfalhudo. Como me esqueci do cartão MB (tava com 90 cêntimos nos bolsos, pobrinho), nem sequer me pude vingar com uma interacção voluntária com os vendedores de castanhas...
A sorte ainda foi não ter levado carro, porque então aí era os bombeiros e os romenos nos semáforos, terminando nos arrumadores a ameaçarem constantemente chinar o carro todo...
Em Évora, para o mesmo tempo de trajecto, apenas interajo socialmente com 1/3 das pessoas, com a particularidade de as conhecer...
PP
PS - Já tava mas era com sódades da capital....tou mas é à rasquinha pra lá voltar...
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