terça-feira, outubro 21, 2003

Bolívia

20.outubro/2003 - Bolivia - Adital/Bolpress - A cidade de La Paz completa hoje 455 anos de sua fundação e volta à normalidade lentamente, depois de duas semanas de paralisação pelas mobilizações que conseguiram a renúncia do presidente Gonzalo Sánchez de Lozada, na sexta-feira passada.

Enquanto os diferentes membros que formaram os vários piquetes de greve de fome se reuniam na praça São Francisco para preparar nas próximas horas uma marcha até El Alto, grupos de mineiros que chegaram a La Paz andavam pela cidade sem saber como retornar a seus distritos.

Além disso, os dias que se seguiram depois da renúncia de Lozada foram de solidariedade e congratulações ao povo boliviano. O Partido Humanista do Chile considerou o povo boliviano um exemplo para a América.

"O Partido Humanista do Chile expressa sua admiração ao povo da Bolívia por sua coragem e lucidez por não se deixar enganar com a propaganda e as mentiras de seus governantes. Isto que acontece na Bolívia é o mesmo que acontece no Chile com o cobre, com a água, com os recursos pesqueiros e com a energia. Nos rouba em troca de torrões de açúcar", ressalta o partido.

De acordo com a COB, uma das principais articuladoras das manifestações, decidiu manter a greve geral indefinida até que o próximo governo se comprometa perante essa organização a "não exportar gás nem pelo Chile nem pelo Peru e a derrogar a Lei de Hidrocarbonetos". Para a central trabalhista, a posse de Mesa é apenas uma substituição de pessoas e não a modificação do modelo econômico".

A organização elaborou ainda um documento em que propõe um programa mínimo para o novo governo. A proposta enseja a revisão dos contratos de capitalização, a anulação da Lei Inra (para a implementação de uma segunda reforma agrária na Bolívia), a reativação do aparato produtivo nacional e um processo de responsabilização dos culpados do "genocídio" durante a "guerra do gás". Estes seriam os pontos básicos para estabelecer novos rumos para o país, do contrário "as ruas e as estradas seriam novamente barrados", promete a COB.

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