Nesta questão sensível, em países como a África do Sul, a Igreja deveria ser acusada de crimes contra a humanidade. Era o que a OMS e a sociedade civil de todos os países assolados por esta campanha vergonhosa deveriam fazer. O que mais me inquieta é que a Igreja para tentar impor a sua moral (quecas só depois do casório) não tem nenhum prurido em deixar esta epidemia terrível espalhar-se. Claro que o método contraceptivo proposto pela Igreja Católica é eficaz (abstinência). O problema é que é completamente irrealista, e mesmo em países profundamente católicos como a Irlanda, a percentagem de pessoas a ter relações muito cedo é enorme; e mesmo depois do casamento, a percentagem de relações extra-conjugais na Europa é muito superior a 20%.
Mas a maior baixeza dos argumentos da Igreja é estar a aproveitar-se da epidemia para moralizar as hostes. A SIDA é o justo castigo para os fornicadores pecadores. A única coisa que evita o castigo divino é o preservativo, pelo que convém desacreditá-lo.... Shame on you, mister João Paulo II, shame on you....
PP
PS – claro que poderia ter falado dos “papáveis” e da santidade da Madre Teresa....
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