segunda-feira, setembro 22, 2003

O que une o grupo dos 21?

A partir do resultado da V Cimeira Ministerial em Cancún é de salientar o papel desempenhado pelos países do sul, agrupados no denominado G-21.
O G-21 é uma agrupação da recente criação integrada por alguns dos países em desenvolvimento com maior influência dentro da Organização Mundial de Comércio, entre eles a Índia, China, África do Sul e o Brasil.

A aliança tem crescido. Começou em Genebra durante as últimas etapas da preparação da reunião ministerial de Cancún.
No começo eram vinte membros e agora são vinte e um, embora nos corredores do Centro de Convenções de Cancún já se fala do G-22, pois comenta-se a adesão de Turquía. A versão não foi confirmada.
Os países do G-21 admitem a sua heterogeneidade. Têm entre eles algumas diferenças; no entanto, o tema que os faz coincidir e que os mantem unidos na mesma luta é a defesa das suas agriculturas, que acarreta a exigência da eliminação dos subsidios agrícolas nos países desenvolvidos.

Antes de que começar a conferência ministerial da OMC em Cancún perguntou-se aos ministros do G-21 como iam manter sua unidade e enfrentar os embates dos países desenvolvidos, no caso destes tentarem desintegrar a nova aliança.
"É mais difícil unir que separar", comentou o ministro do Comércio da Índia e, de acordo com organizações não governamentais, existiram fortes pressões internacionais, começando nos Estados Unidos e acabando em países como a França, para que oestes países agrupados no G21 abandonem o bloco recém criado.

Comentou-se que países centroamericanos receberam uma oferta por parte dos Estados Unidos que lhes atribuiria certas vantagens na área do comércio internacional.
As versões foram desmentidas na conferência de imprensa pelo chanceler de Brasil, Celso Amorim.
Em declarações à agência de noticias britânica BBC, Ivonne Juez, a ministra do Comércio Exterior, Industrialização, Pesca e Competitividade do Equador confirmou o argumento .

"É um problema que tem a ver mais com como negociar em grupo, não estamos contra ninguém, não é um problema norte-sul, é um problema específico de como melhorar", disse a ministra.
O desempenho dos membros do G-21 vai marcar o rumo das negociações internacionais do Comércio num futuro próximo.

PP, adapatado daqui

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