sexta-feira, setembro 12, 2003

Globalizar a luta contra a barbárie imperialista
por Miguel Urbano Rodrigues


Comunicação apresentada em Santiago do Chile,
no seminário «Allende Vive»,
em 10 de Setembro de 2003




No Fórum Social Mundial e nos Fóruns Sociais Europeus, algumas personalidades transmitiram a ideia de um suposto antagonismo entre movimentos sociais e partidos políticos.

Essas manobras representam um serviço prestado ao imperialismo.

A complementaridade do papel que os movimentos sociais e as organizações partidárias revolucionárias desempenham nas grandes lutas actuais no âmbito da crise de civilização que a humanidade vive é cada vez mais necessária. O debate sobre o tema da relação movimentos-partidos perde todo o significado quando resvala para o terreno da pequena política.

Sendo ficcional a antinomia movimentos-partidos, a nossa reflexão deve ser orientada para os objectivos e o tipo de intervenção das forças empenhadas no combate à globalização neoliberal. Gerada pelo capitalismo , a globalização – como reconhecem Kissinger e Thomas Friedman – não poderia sobreviver hoje sem o «punho invisível» (o poder militar) que a sustenta. O imperialismo, fase ultima do capitalismo, garante agora a continuidade do sistema que o criou.

Partidos e movimentos não são enteléquias, forças abstractas e uniformes. Para se avaliar a sua participação na história, o que importa é saber o que pretendem e como actuam.

Uma linha divisória cada vez más nítida é a que separa os movimentos e partidos que encaram a transformação da historia sob uma perspectiva revolucionária e os partidos e movimentos que adoptam uma posição muito diferente .

Clivagens hoje existentes entre forças sociais que rejeitam o projecto desumanizante da globalização neoliberal encontram a sua expressão prática em comportamentos que ao longo dos séculos, em crises de grande complexidade, traduziram concepções divergentes sobre a evolução da humanidade.

Nem todos os que condenam a globalização neoliberal identificam no desaparecimento do capitalismo uma necessidade histórica.

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